terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pedras no caminho não vou tropessar

São cacos de vidro querem te cortar

Um sorriso entre um milhão

Olhos escondidos no meio da multidão

Pode não parecer

Mas ainda consigo te ver

Por trás de tantas pegadas em falso

Tantos sorrisos tortos

Esperando acordada

O dia acabar

São mais 24 horas

E nada de você aqui

Sentimento quanto grita

Expulsa e elimina

Entre lágrimas que te fazem sorrir

Paredes se destroem em pés descalços

Calçadas imundas , são os tênis sujos

Pisadas que chutam, versos que escutam

E tudo o que eu precisava te dizer

Enquanto minha mente penetrava em você

Amor é doze diária

Sorriso é melamina

Desgraça vive na graça

Lágrimas escorregam da alma

Pés descalços é o risco de se cortar

Simpatia flutuante, socialismo sonhador para disfarçar

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Presa

Nada do que você me diz parece ter sentido agora
Tudo o que eu quero, ou ao menos preciso
É observar o passar das horas
Que leva entre essas linhas curvas do pensamento
O seu que encaixa no meu a qualquer momento
E enquanto você se enrolava ao falar
Tudo o que fazia era não escutar
Talvez porque melhor seria observar você
Talvez porque te ouvir não mudaria nada
E ficava eu, subentendida naquele mesmo lugar
Observando seus olhos enquanto você se enrolava ao falar

Sabia que me contava das coisas mais belas que via e que viria a dizer
Mas não sabia você
Que enquanto dizia
Algo em seu olhar me prendia e me fazia esquecer?
Compenetrava nos seus detalhes mais súbitos
Me apaixonava por cada pequeno gesto
Me arrependia e linchava-me
Mas de nada adiantaria
Já estaria eu, novamente perdida
Nas entrelinhas daquele que me fala

Não pense você que eu quis ignorar
Mas tudo o que eu mais queria
Ou mais ou que me atraia
Era te observar
Porque nada adiantaria
O que você dizia ao se enrolar
Nada disso mudaria
A prisão que me agradava
Em seu olhar


- ; -

Sou presa certa desse olhar inseguro
Sou quem você procura para capturar
Enquanto nos versos mais obscuros
Você tenta se camuflar
Sou a presa indescoberta
Desse olhar que penetra
E que me prende,
me suga,
me arrepende e me frusta,
no auge do te-amar
Prenda-me no seu olhar.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Versinhos de um telefone qualquer.

E eu sei
Que quando você não acreditar
Que o amor pode existir
Você me ligará
Me fará traduzir
O que acha que te encendeia
Do tempo que já passou
Mas que regressa em cada instante
Nos olhares, nas fotografias da estante
Que você ainda não guardou

Pois te digo, meu querido
Quando você me ligou
Eu soube que jamais teria
Alguma mais bela companhia
Do que aquele que me liga
Que não combina, nem avisa
As dez da noite de outro dia
Emplorando minha estadia
Em seu coração.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Acho que o amor é como um achocolatado que tomamos por impulso sem parar para respirar. Acho também loucura associar duas coisas tão genericamente diferentes, mas me levo a pensar se será que é verdade mesmo. O amor é doce, o achocolatado também. E todo chocolate apresenta vários tipos específicos: Tem amargo, meio amargo, ao leite... E o amor, sinteticamente, também. O achocolato pode ser tão gelado que nos dói os dentes, quanto o amor pode ser tão frio que cai na rotina, cai no comum. Ou tão quente que nos faz queimar a língua, ou no amor que alimenta a fome do desejo e rejuvenesce.
No final, os efeitos são os mesmos: Prazer temporário, e tenho dito! Durante os 5 minutos enquanto o achocolatado é aprovado pela nossa saliva, ou enquanto o amor se instala no nosso coração e nos vira a cabeça. É sempre um efeito rápido, que pode causar colaterais depois: A sensação de estar cheia ou o enjôo é presente nos dois complexos.
Há também mitos, mistérios que envolvem as duas receitas: Em geral, sobre suas consequências físicas e mentais. O chocolate nos provoca o prazer, ou o amor que nos encendeia? As espinhas realmente aparecerão, ou realmente tudo acaba?

Nós, mulheres, no auge de nossa segurança feminina declaramos: "Homem não pode ver rabo de saia que fica louco!", mas temos que concordar, por mais que isso seja vergonhoso para nossa sempre correta disciplina que não podemos ver um boné, uma bermuda, ou um perfume que seja e nos arrepiamos e ficamos louca devorando vários pedaços de chocolate, oferecendo vários pedaços de chocolate e associando pela eternidade esses "detalhes" a alguém que nos tira o sono. É fato, nós mulheres somos louca por chocolate. Somos louca por amor.

Mas isso vai muito além de uma pequena realidade. Na verdade, desde sempre fomos fanáticas pelo sexo oposto muito além do que pelas regras opostas pela sociedade ou pela religião. Lá no primário já fazíamos corações e namorávamos em segredo o menino mais bem feitinho da sala ou menos pentelho ou mais pentelho, que seja.. Ah, e quem nunca se apaixonou pelas espinhas opostas na adolescência no famoso amor-proibido-é-meu-melhor-amigo? Quando vai se tornando grandinha a coisa fica complicada, vira e mexe estamos "ajuntados" com alguém mas não é nada específico. É complicado. Adoramos complicações.

Volto a citar: Nós mulheres somos loucas por chocolate. Conheço pouquíssimas exeções. E fazemos martírio mesmo: Quando ele acaba, recorremos a todos os outros tipos de doce depressivos e mais salgados.. É uma velha mania, afinal. Ah, e como gostamos de doar chocolate, não é mesmo? De tomar chocolate, de comer chocolate.. E puft, nos engasgamos frequentemente!
Engordamos e nos martirizamos pelo bombom do dia anterior. Danado, tsc tsc tsc.
As espinhas também pipocam no rosto, diz a lenda. Mas que se dane, tudo acaba em chocolate (não seria pizza?) no final mesmo.

Não sou fã de chocolate porque prejudica minha dieta, mas quer saber? Todo dia sempre acabo provando um pedacinho daqui ou um acolá. E sem culpa, feliz da vida. Mando pro brejo toda essa história de espinhas ou de quilinhos a mais. O chocolate me aceita como sou. E sabe o que mais? Quero mais é passar o resto da minha vida me entupindo de chocolate MESMO! Chocolate com TV, com PC ou com o que mais sei lá o que. Vou viver de chocolates, de doar chocolates e ser feliz no chocolate. Em todos seus diferentes estados, do mais amargo ao mais doce... E fazendo deliciosos achocolatados, tomando por impulso feliz mesmo. Mas aos poucos, para não engasgar..

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Romance matemático.

A irregularidade do seu sujeito era comovente. Simples e acompanhado sempre de um verbo na primeira pessoa do singular. Falava como se as palavras fossem expulsas de um coração cansado. Suas mãos eram suadas e a mente, inquieta. Respirava os números, parecia psicografar as contas e se concentrava no tumulto do dia-a-dia.
Ela era dupla. Na verdade, tripla, e muito bem dividida. A bitransitividade era regular. Dividia-se entre vida e sonho, sonho e vida, de forma unitária, e com os mesmos valores X. Sua alma era cortada por uma reta. Uma reta desvinculada, e que dizia-se ter continuação: E tinha!
A continuação dessa reta levava para suas raízes mais profundas e menos nítidas, porém mesmo que assim, as mais bonitas. Era típico. O mais difícil de ser encontrado é o extremo. Em seu caso, o extremo do belo. As velhas memórias e as falsas lembranças. Os tristes sorrisos e os olhos "pupilados".
Apaixonaram-se.
O distante e a distância. O interminente e a sem fim. Foi-se descobrindo na sua reta principal e se perdendo como tudo na vida. A desenhou. Calculou. E descobriu que os dois lados, perfeitamente separados e de valor unitário entre o sonho e a vida... Não estavam corretos. O ângulo não era exato. A sua reta apontava para um lado mais distante, afinal? O sonho, ou a vida?

Acordou. O sonho acabou. Era sonho. Seu lado extremista, o fim do seu começo e a verdade deprimida era que são duas realidades diferentes. E muito bem divididas. Mesmo que subtendidas.. acorda-se. Bom dia, Bissetriz.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Romance provisório.

Dois corpos, um sofá pequeno demais para nós dois. Rostos embriagados de melancolia. Pés trêmulos. Seus dedos eram longuíneos, o suficiente para cobrir os meus enquanto me perdia em pretextos inválidos. Transpirava segurança. A televisão sussurrava a nossa frente e tudo o que conseguíamos fazer era não ouvir. Palavras do cômodo ao lado eram distantes.
Seu rosto virou em 60°. O repreendi por pensamento. Não havia mais desculpa. O intervalo tinha começado na TV. Completou 120° desatadamente. Dois grandes canos me perfuravam a alma. Eram seus olhos. Virei-me a sua face. Eram dois grandes canos de uma dimensão interminável no apocalipse dele. Dois cantos de boca. Respiração angustiada. Tanto a ser dito e o não dizer nada.. Trocas de meia-duzia de palavras, que nada diziam:
- Seus dedos são longos.
- Tenho sorte. - Pausa, a típica pausa entre seus longos cílios flexionados - Por eles fazerem por mim o que minha mente inquietante me faz tremer.

Minha boca se estendeu em dois grandes cantos na bochecha. O busto se estufou. Ele acompanhou. Os olhos se encontraram na mesma dimensão do infinito, fechados.
A programação na TV voltou. O comercial havia passado.
Mas seus longíneos dedos continuavam lá, cobrindo os meus, intocáveis, imudáveis. Segurança.
Tanto a ser dito e o não dizer nada..parecia o suficiente e já não nos incomodava. A televisão nos salvou de nós mesmos. Esperamos o próximo comercial.

domingo, 19 de setembro de 2010

Eu por mim.

Gosto de abraços. Mas de abraços apertados e demorados mesmo, nos quais dá para sentir ou ter a mínima idéia da pulsação daquele que te aconchega nos braços. Sou uma eterna viciada em sorrisos. Em dentes expostos. Em cantos de boca. Tal como, me vicío e assumo completamente a função de romancista. Das menos experientes, das mais atrevidas.
O amor me consome. Acompanhado de uma trilha sonora desconhecida. Sou o doar, o ser, o fazer e (em todas as circustâncias) o sentir. Sou sentimento e sou vento. Descombinados. Brisa fresca, luz de luar. Pensamentos acumulados. Que pulam para fora de mim e tentam, fracassadamente, dar sentido as coisas. Sou completamente sem sentido.
E desvio. Sou o desvio. Temo olhares e imploro por eles. Lacrimejo por insegurança. E meus olhos falam muito mais por mim, do que eu tenho a dizer. Me entrego. E sou constantemente entregada pelos meus sentidos! E principalmente pela, já não ocasional, falta deles.
Tenho cobertores quentes. Escuto rock antigo. Ando pela rua e é como se fosse só eu.. e comigo. Tenho medo, e coleciono frustações. Agradeço. Aprendi a dizer, mas temporariamente tenho dificuldade de aceitar o não. Sou positividade deprimida. Sou corrida sem chegada. Sou alegria, alegria, alegria. Alguns cartões postais e uma boa camisa.
Gravo tudo muito fácil. Números de telefone, matérias, dizeres e especialmente, cenas. Sou especialista no ato de gravar cenas. Recordo-as com impressionante frequência e me lembro que esquecer é tão fácil quanto.
Sou intransitiva. Gritando por um objeto! Compasso torto, lápis quebrado. Mas daqueles que fazemos a ponta com canivete e dá para o gasto! Não sou boa em exatas. Justamente porque não sou uma. Inexistente, experimental e mutante. Leio muito mais do que com os olhos. Pena que não possa ver. Falo muito mais do que com a boca, e não meço meus gestos. Sou determinada. Específica. Errata.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

“Inacreditável seria aceitar um turbinado de emoções que invadia meu peito, e o transtornava numa queda intransgísivel. Que me consumia por inteiro, e que me fazia sentir dor. Que me jogava de um pequeno parapeito, para uma grande treva, e que me dominava por inteiro, esquecendo-me do que eu era.”

Rosa - Juliana Oliveira, 2009.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Soluço.

Nunca me encaixei. Não que esse tenha sido meu propósito desde o início, de fato, mas na verdade soluçava dentro de mim uma vontade gigante de ser diferente. O fiz.

Você sabe, ah, tão bem você sabe, que se é brilho labial que você procura dentro da minha bolsa, sinto te informar: Não vai encontrar. Mas cuidado com meus livros! Ou você já se acostumou com o peso da minha mochila devido eles?

Não espere que eu declare amor aos ídolos atuais. Na minha cabeceira só tem Beatles, ora bolas. E eu não vou dançar no ritmo dance de Lady Gaga, por mais sucesso que ela faça... Essa não sou eu.

Não queira me ver na escola. Sou uma ET no seu moletom nerd preto. E com fones de ouvido pulando para fora. Cantarolando as músicas nos corredores, sem me importar que ninguém vá reconhecer a banda.

À tarde, eu não malho com minha calça de ginástica rosa e o meu top fluorescente. Eu fotografo. Entendeu a diferença? Eu caminho.

Eu me perco e nunca me acho. Fico dias sem falar nada e noites gritando por dentro. Não faço a social com quem não gosto. Leio, pesquiso, termino e reescrevo. Amasso, me arrependo e nunca esqueço. Nunca. Minha estrutura não é tão forte quanto aparentemente. E que na verdade, eu não tenho tudo o que eu quero. Me apoio em abismos freqüentemente. Mas já nem ligo. Lá de baixo, vejo as coisas de cima muito melhor!

Não vou negar que sou admirada quando ando na rua. Quantos olhares se curvam diante mim e, oh céus, eu só queria um! É tão difícil entender?

O que eu transbordo por fora, é um mero detalhe diante do que sou por dentro. Um coração fragilizado. Um timbre quase silencioso. Mil fotografias, uma música e uma citação. “Broken. Ass. Coração”

segunda-feira, 5 de julho de 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

E agora que são eles

Para começar, vamos ser realistas: Ele não vai te ligar amanhã. E provavelmente, durante uma semana ou duas não vai citar seu nome entre os colegas do trabalho. Não irá te chamar no msn, independente de quantas vezes você entrar e sair. E não vai te cumprimentar carinhosamente se te ver na rua. Também não vai passar nas lojas de perfumes para encontrar o seu. E não vai fuxicar suas redes sociais da internet todos os dias. Não vai querer matar o garoto que estiver com você. E não vai dizer que sua pele é macia e que seus cabelos, brilhantes. Não vai escrever um poema. E provavelmente, não vai sonhar com você essa noite. Sabe aquela serenata? Esquece. Tudo isso é papo fiado, ele na verdade mal sabe tocar violão. E também não vai te levar no seu restaurante favorito. Não vai te dar as rosas mais vermelhas de todas, o perfume mais cheiroso ou a roupa mais sotisficada. O "colo" dele, nem sempre vai estar disponível. E sua paciência também. Aliás, ele não vai estar "para você, a todo momento". E muitas vezes vai evitar te chamar de "meu amor" em público.

Mas, ele te ama. Isso não parece ser suficiente? Portanto se lembre, que as palavras ficam muito mais lindas quando ditas de um coração sincero em momentos significantes.



E fala sério, "eu te amo" toda hora cansa né?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pra que explicar?

Por mais que você lute. Por mais que você se engane. Por mais que você finja. E não descanse. Isso não evitará que suas pernas comecem a tremer. Que o seu coração dispare. Que você não saiba o que dizer. Não, por mais forte que você aparente ser, ainda assim, seus olhos irão brilhar. Seu pensamento não está mais aqui. Está lá. Sua voz não vai sair. Não, você não vai entender o que te dizem. E sempre vai negar. Vai dar dois passos para trás. Mas vejo, você ficou ainda mais próximo! Sua respiração não vai ser controlável. Vai parecer que no mínimo, você percorreu o mundo todo a pé de tão ofegante. E você vai fugir. Vai ser tão relutante. Oh, tão forte você é, não é? Tudo isso desaparece em rápidos instantes. Nos seus sonhos, que você já pode considerar, não são mais seus. Nas suas palavras, confesse, como gostaria de estarem sendo sussurradas. E o seu sorriso torto, quantas coisas esconde nele? O seu olhar já tão distante. A presença é expressante. É deprimente, a dificuldade de se dizer. E de acumular cada vez mais em você. O que é tão belo, é para ser compartilhado...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pare com essa sua mania esquisita de andar e fazer congelar o tempo. De fazer meus olhos desviarem do que realmente importa nesse momento. De me desconcentrar por pensamento. Pare de iluminar meu dia com o seu sorriso. Não consigo imaginar mais meus dias sem a sua luz, embora o pensamento dessa distância me incomode. Feche seu olhar. Ou ao menos, me dê uma boa sinalização para não me perder dentro deles.
Ah, principalmente, troque de perfume. E não vem com essa história de que você não usa: Não cola mais. Por favor, por um dia, deixe seu cabelo bem esquisito e use a roupa que você mais odeia. Se é que você, justamente você, consegue odiar alguma coisa.

Não me pergunte se estou bem, ou como eu vou. Eu vou indo, não vês? E por favor, deixe a preocupação de lado. Eu sei que você consegue não se importar comigo. Se quiser me agradar bastante, não me escreva mais sobre os seus sentimentos. Me importar tanto com eles está me matando! E quando acabar de fazer tudo isso, talvez seja suficiente.

Mas provavelmente, a sua falta de sorriso vá me assustar, vou me encontrar e me perder novamente no seu olhar, vou me apaixonar pelo seu novo perfume e o seu cabelo bagunçado vai se tornar o mais lindo do mundo. As roupas que você odeia vão se tornar as minhas preferidas, e a sua falta de preocução em mim só vai me fazer querer ser mais e mais importante para você. E você pode ter certeza que por mais que você não me diga, eu vou encontrar os seus sentimentos em algum lugar. Vou me imaginar como dona deles.

E antes de mais nada, continue desse jeito. Iluminando meu dia, me perdendo e me encontrando, me desviando o olhar, me desconcentrando. Você sabe tão bem como me agradar, não é mesmo?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um chá e a conta, por favor.



Sabe, eu conheço gente o suficiente pra me levar a pequenas conclusões - observadora que sou - sobre como a maioria vem a se comportar, perante diversos assuntos. Isso não é uma generalização, toda "regra" tem sua exceção. E as vezes são muitas exceções. Mas vamos ao ponto: Grande parte das pessoas que eu conheço, são parados perante ao comportamento (por favor, não considere isso uma crítica!). Se prendem em uma rotina que odeiam - e que juram amar! - para escapar de possíveis erros.
E há também aqueles que sonham, que fantasiam... E que não saem do lugar.
Engraçado não? É como se todos gritassem: "Eu vou chegar naquele ponto" e não dessem nem o primeiro passo de corrida maluca. É como se ficassem tão presos ao "Se" como eu estou agora. Esperam ansiosamente que os astros, ou que o seu signo, ou sei lá estejam corretos para traçarem seu destino. Tudo bem, não tenho nada contra essas crenças. Na maioria das vezes elas funcionam para nos ajudar, nos deixam mais confiantes. Mas por favor, não me venha dizer que tal pessoa só falou com você porque a posição da lua favorecia tal acontecimento.

Acho deveríamos deixar um pouco de lado a preguiça, a vergonha, e agirmos. Pode ser sim, que alguns fatores astrológicos tenham te favorecido, mas tudo depende de você, todos os fatos só são desencadeados a partir de uma ação. Por mais que aquilo esteja escrito, como alguns digam. É como se tudo estivesse ao nosso alcance, basta se esticar um pouco e alcançar aquilo que desejamos. É preciso ir a luta. As melhores coisas não caem do céu, e conseguir aquilo que se deseja depois de ter lutado, é bem melhor do que conseguir sem ter se esforçado. O esforço nos leva a conquista brilhantes. E merecidas.

Talvez todo esse papo de agir seja só um pouco de preguiça minha. Ficando aqui, sentada e digitando enquanto espero meu chá chegar. Mas eu tenho consciência de que já fui a luta hoje e mereço meu descanso. É como uma recompensa. Acredito que tudo leve a ela. As recompensas diferentemente do que pensam, não precisam ser necessariamente coisas maravilhosas. As vezes um simples sorriso dá razão ao seu dia. Sermos motivados por algo é maravilhoso. Termos um caminho para trilhar e dar sentido a caminhada. Saber onde queremos chegar e lutarmos por isso. Pode até ser que você não seja o primeiro a cruzar a linha de chegada. Mas vai ter cruzado. E isso se torna essencialmente importante para você a partir daquele instante: É a recompensa.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Começo


"Que nada renasce antes que se acabe"
Foi essa a frase que me trouxe aqui, oficialmente interpretada por Tom Jobim, Chico Buarque e Miúcha e tão conhecida devido a novela das 8. (que acabou hoje)

Bem, as coisas acontecem por que... acontecem, certo? Porque uma certa combinação de fatores a levou a acontecer. Indenpendente das interpretações diante desse caso, simplismente aconteceu. A vida em si é um espetáculo tão emocionante. Sabe, é tudo tão estruturamente belo e real. Chega a ser fora da compreensão. E eu juro que diante de todo esses argumentos romanticos, não estou apaixonada ou algo do tipo. Mas as vezes passa aquele ventinho no coração, e quando olhamos a nossa volta, nos reparamos com ela: a vida. E depois olhamos pra dentro, e lá está ela: A vida.

Nossa, e como a gente a castiga. As vezes a odiamos. A almadiçoamos. E prometemos que não queremos mais a sua companhia. Mas será que é tão dificil entender que tudo que acontece, ou que vai acontecer é relacionado a ela? E que tudo o que você faz ou deixa de fazer vai gerar consequências.. nela? E que no fundo, bem no fundinho, você sabe que é o responsável por isso. Culpá-la para ser mais aceitável, confortável, afinal. Fazer o quê?

A maioria das relações "Eu odeio a minha vida" são relacionadas a ínicios. Sim, a ínicios. Por mais estranho que pareça, afinal, inícios tem tudo para serem contagiantes e entusiasmantes, todo início é levado a um final. Podemos fazer juras de amor eterno, podemos ignorar o tempo. Mas isso não o impede de rolar. Tudo acaba. Poucas pessoas tiveram coragem pra me dizer isso. A maioria sabe, por mais que esconda embaixo de sorrisos acolhedores e de palavras que tem tudo para te dizer: Vai ficar tudo bem. Mas todos sabem.

Tudo chega a seu final, justamente porque teve seu início. E é por isso que é tão importante se iniciar. Não para chegarmos a um final, mas para termos um "meio". É, como numa história. O início tem tudo para ser inesquecível, o final tem tudo para ser traumatizante. Mas o meio, ah, o meio, tem tudo para ser como você quiser. Afinal, contando com o destino e uma pitada de sorte, o que vai ser dele, você escolhe. Você o vive. Você está vivendo seu meio agora. Seja lá qual tiver sido seu começo. Seja lá qual for o final. Você tá vivendo o principal capítulo: o meio. E olha, esse, não acaba. O final vai ficar lá, com seus imponentes pontos finais, mas o meio sera eternizado. E esse meio, você chama carinhosamente de: Vida.


Juro que não estou apaixonada. hahahaha

domingo, 9 de maio de 2010

Impressionismo


Nesse exato momento, to ouvindo a música Yesterday do Beatles, e a maquiagem passada de manhã desaparece na minha pele. Meus cabelos estão presos, e não estou de salto alto. Também não estou forçando a barriga, nem empinando a bunda (por mais difícil que isso pareça, tem gente que consegue essa proeza sentada). Estou livre de armaduras, de disfarces. Posso dizer que nesse momento estou pura. E também que não há nenhum garoto nesse quarto. Entendeu a ligação?

Por mais estranha que essa introdução pareça, acredito que seja assim que a maioria das garotas que conhecemos se comportam quando o sexo oposto não está por perto. Nesses momentos, somos tão nós mesmas que é difícil de acreditar. É uma realidade praticamente inimaginável pelos homens, que já estão tão acostumados a nos verem encharcadas de maquiagem, com saltos altíssimos e cabelos super elaborados. Tudo bem, aquele sapato tá te matando, com a maquiagem você fica artificial e os cabelos perdem sua verdadeira essência. Mas e daí? Não seria assim que eles realmentes gostam?

Sabe, eu acredito que não. Eu acredito que quando um garoto gosta de uma garota de verdade, ele vê muito além de todos esses disfarces. Ele não vai ligar se você vai estar com um salto 15 ou uma rasteira, muito menos quanto você tem de quadril. Tudo isso vai atraí-lo, claro, são homens. Mas na certa, não é isso que eles vão querer depois. Vão se cansar de terem só uma mulher alta com um belo par de pernas, e vão procurar algo que seja superior a isso. Vão procurar uma mulher que seja tão linda por dentro, quanto é por fora. E que realmente funcione como um porto seguro, como uma mão. Como um sim, ou um não. Tá, chega de filosofia.

Talvez, o que os homens realmente procurem seja essa garota que fica em casa com os cabelos presos e de chinelo no pé, sem maquiagem e usando roupas simples. Talvez seja essa garota que ele queira. Não que devemos sair assim pelas ruas, não. A imagem é um grande cartão de entrada. Mas e depois? Empinar a bunda e forçar o peito não te darão um namoro instantâneo, e não farão com que você se torne uma pessoa melhor. Pode até ter tornar mais atraente no momento, mas depois, ah, depois não há atração que fará você permanecer do lado de quem você ama, se você não se cuidar como pessoa. É essa atração pelo o que as pessoas realmente são, que fará você encontrar quem procura.. ou ser você a encontrada (o) .


(Dessa vez a foto fui eu quem tirei [:)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O que seria desistir.


Sinceramente, não acredito que desistir seja simplesmente não se motivar mais a continuar uma coisa. As vezes a desistência funciona como uma fonte de alívio: Sabe, quando não se aguenta mais algo que te sufoca por dentro, e que não sai. A desistência na maioria das vezes quando executada é logo linxada: afinal, filosoficamente falando, apenas os fracos seriam capazes de fazer isso.
Projetamos na maioria das vezes uma imagem tão distorcida da realidade, afinal. Porque os fortes sempre tem que os melhores, os mais experientes? É claro que força é fundamental. É com ela que levantamos, e damos a volta por cima. Mas muitas vezes é possível se aprender lá embaixo. Não, não estou aconselhando ninguém a viver infeliz no fundo do poço. O que eu penso é que, em algum momento, tudo o que passa na sua vida e não te proporciona felicidade, vai chegar em um ponto que... Bum! Ai você desiste. Arranca os cabelos, e se chama de idiota por ter desistido tantas vezes por motidos bobos. Mas ninguém é de ferro, e ninguém é a prova de balas. Tudo o que acontece no nosso mundo, a nossa volta, nos afeta diretamente. E é realmente complicado desviar.

Desistir pode, e é, na maioria das vezes uma forma de se abrir a novas oportunidades: É quando paramos no meio do caminho e nos damos conta que não, não é aquilo que nos queremos. Nos tocamos que basta dar meia volta e ajeitar tudo. Não pode ser tão difícil assim. Isso não quer dizer que você não vá ficar um bom tempo imaginando onde poderia ter chegado se não tivesse desistido, mas tenho certeza que você vai se orgulhar de onde chegou nesse novo caminho. É apenas uma forma de adaptação para algo mais possível, um sonho mais próximo. Mas também é inevitável que se, você tá afim daquele gatinho (a) do colégio e desiste dele, vai passar um bom tempo pensando no não-sabe-o-que-perdeu. Mas logo logo você irá notar que quem (ou o que) você sempre quis, também sempre esteve do seu lado.


Obs: Foto colocada devido dica do Manel (obrigada pela paciência), do blog jogado no Sofá (Blog amigo) - infelizmente essa foto não é minha, porém logo logo fotografo mais e faço posts com minhas própias fotografias. =)

sábado, 10 de abril de 2010

dor

Muitas vezes, tem uma intensificação tão forte quanto de uma paixão. E muitas outras vezes o que o move não passa de uma palavra, de uma vista. E tantas vezes porém, nao é preciso nada se dizer,e nada se ver para se sentir.. É complexo. Naturalmente é tão guardado quanto qualquer outro sentimento, e como uma ferida, precisa de seus determinados medicamentos: As vezes uma dose de lágrimas resolve, mesmo que elas não tenham sido eliminados pelo menos que a sente. A maioria das lágrimas a gente não deixa cair. Elas que caem dentro de nós. A maioria dos temporais a gente tenta esquecer, mas não adianta: Sempre tem aquela nuvem preta acima da nossa cabeça.
Não é preciso que necessariamente nós a tenhamos e exibíamos: A pior de todas é aquela que a gente esconde. Porque além dela, ainda tentamos nos camuflar em falsos sorrisos, em falsas palavras e gestos. Tentamos esconder o mais provável. Nos fechamos e realmente não queremos a aproximação de ninguém. Ajuda nenhuma seria suficiente, afinal. Tentamos nos reconstruir em nós mesmos. Tentamos fazer todo o trabalho sozinhos. Nos sobrecarregamos de funções e de melhorias, que não são necessárias. Culpamos quem menos merece. E consideramos justa toda forma de condenação. Sofremos por algo que nós mesmos criamos. Julgamos os monstros dos outros mas esquecemos que nós mesmos projetamos os nossos próprios.. monstros.
A fragilidade nos condena e de vítimas nos transformamos em caçadores de nós mesmos.

Chega. Chega de sermos escultores de uma realidade deprimente. Isso não é um conselho, muito menos uma filosofia. Mas pode ter certeza que ajuda é sempre bom. Não irá ferir sua imagem. Ajuda não apontará seus erros, e muito menos te condenará. Ajuda irá te fortificar. Não irá queimar seu ego. Poderá ajudá-lo até mesmo a crescer. Ajuda é a prova suficiente que não estamos sozinhos. E por mais que haja, sempre há, algo tampando que está diante de nós.. Ajuda não precisa estar necessariamente diante de nós. As vezes ela já está em nós mesmos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ser

Perceptivelmente, durante todos os dias agimos de forma natural. A não ser que você realmente queira agir de forma estranha, ou seja, se forçando a assumir determinada forma. Bem, no incrível ato de agirmos naturalmente demonstramos nossa famosa personalidade. É por isso que as pessoas são tão diferentes. A quem diga que somos um conjunto de defeitos, qualidades, consequentemente, um conjunto de opostos que se enquadram em um só ser e formam uma única pessoa. Estranho não? Mas não para por ai: Ao mesmo tempo que temos todos esse jeitos de desjeitos, dividimos espaço com também outra fator importante, a personalidade (ela, denovo) que impõe formas de nós relacionamos com as pessoas (aliás, não só com elas) mas também com nós mesmos e nossas qualidades e defeitos.

Vou explicar: os defeitos e as qualidades são inúmeros certo? Mas será que você já parou para perceber que muitas pessoas tem os mesmos determinados defeitos, ou as mesmas determinadas qualidades? Ou seja, elas seriam iguais nisso, não? Não (ahá!) porque a forma como interpretamos nossos defeitos e qualidades varia de acordo com a nossa personalidade, que é sempre diferente uma das outras. Por tanto, você ja pode acreditar que a vida é um teatro, no qual interpretamos justamente o protagonista!

Uma vez, uma amiga minha havia me dito algo que precisava compartilhar aqui. É sobre o fato que estamos todos certos e errados no curto intervalo de tempo que denominamos vida, e até depois dela, vai saber . Deixe-me explicar (sou um pouco complicada, sei disso!) o que acontece é que todos temos pontos de vistas diferentes e agimos como verdadeiros animais delimitando nosso espaço e defendendo nossas idéias. Sempre. Podem te falar a coisa mais lógica do mundo, mas a partir do momento que você botou na sua cabeça uma ideia oposta a isso (principalmente se for um cabeça dura!) ninguém tira. É uma questão até mesmo de honra, natural do ser humano e especialidade das mulheres (tenho que confessar): Acreditar que estamos certos apesar dos pesares. Dependendo do ponto de vista, a quem vá concordar com você, e também quem vá discordar disso. Não adianta discutir. Dentro da nossa personalidade, dentro do que nós somos, acreditamos e desacreditamos, apoiamos e desprezamos opiniões, porque defendemos a nossa, o nosso ponto de vista. Talvez seja esse um dos grandes motivos para se discutir. Mas não vamos discutir. Somos todos diferentes, afinal.