quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Soluço.

Nunca me encaixei. Não que esse tenha sido meu propósito desde o início, de fato, mas na verdade soluçava dentro de mim uma vontade gigante de ser diferente. O fiz.

Você sabe, ah, tão bem você sabe, que se é brilho labial que você procura dentro da minha bolsa, sinto te informar: Não vai encontrar. Mas cuidado com meus livros! Ou você já se acostumou com o peso da minha mochila devido eles?

Não espere que eu declare amor aos ídolos atuais. Na minha cabeceira só tem Beatles, ora bolas. E eu não vou dançar no ritmo dance de Lady Gaga, por mais sucesso que ela faça... Essa não sou eu.

Não queira me ver na escola. Sou uma ET no seu moletom nerd preto. E com fones de ouvido pulando para fora. Cantarolando as músicas nos corredores, sem me importar que ninguém vá reconhecer a banda.

À tarde, eu não malho com minha calça de ginástica rosa e o meu top fluorescente. Eu fotografo. Entendeu a diferença? Eu caminho.

Eu me perco e nunca me acho. Fico dias sem falar nada e noites gritando por dentro. Não faço a social com quem não gosto. Leio, pesquiso, termino e reescrevo. Amasso, me arrependo e nunca esqueço. Nunca. Minha estrutura não é tão forte quanto aparentemente. E que na verdade, eu não tenho tudo o que eu quero. Me apoio em abismos freqüentemente. Mas já nem ligo. Lá de baixo, vejo as coisas de cima muito melhor!

Não vou negar que sou admirada quando ando na rua. Quantos olhares se curvam diante mim e, oh céus, eu só queria um! É tão difícil entender?

O que eu transbordo por fora, é um mero detalhe diante do que sou por dentro. Um coração fragilizado. Um timbre quase silencioso. Mil fotografias, uma música e uma citação. “Broken. Ass. Coração”

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