A irregularidade do seu sujeito era comovente. Simples e acompanhado sempre de um verbo na primeira pessoa do singular. Falava como se as palavras fossem expulsas de um coração cansado. Suas mãos eram suadas e a mente, inquieta. Respirava os números, parecia psicografar as contas e se concentrava no tumulto do dia-a-dia.
Ela era dupla. Na verdade, tripla, e muito bem dividida. A bitransitividade era regular. Dividia-se entre vida e sonho, sonho e vida, de forma unitária, e com os mesmos valores X. Sua alma era cortada por uma reta. Uma reta desvinculada, e que dizia-se ter continuação: E tinha!
A continuação dessa reta levava para suas raízes mais profundas e menos nítidas, porém mesmo que assim, as mais bonitas. Era típico. O mais difícil de ser encontrado é o extremo. Em seu caso, o extremo do belo. As velhas memórias e as falsas lembranças. Os tristes sorrisos e os olhos "pupilados".
Apaixonaram-se.
O distante e a distância. O interminente e a sem fim. Foi-se descobrindo na sua reta principal e se perdendo como tudo na vida. A desenhou. Calculou. E descobriu que os dois lados, perfeitamente separados e de valor unitário entre o sonho e a vida... Não estavam corretos. O ângulo não era exato. A sua reta apontava para um lado mais distante, afinal? O sonho, ou a vida?
Acordou. O sonho acabou. Era sonho. Seu lado extremista, o fim do seu começo e a verdade deprimida era que são duas realidades diferentes. E muito bem divididas. Mesmo que subtendidas.. acorda-se. Bom dia, Bissetriz.
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